Que surpresa! Os países BRICS estão a montar o seu numerito financeiro com o BRICS Pay e uma moeda digital. Parece-me uma tentativa desesperada de se sacudirem do jugo do dólar americano. Como latino-americano, entendo perfeitamente esse anseio, mas tenho as minhas dúvidas sobre se realmente funcionará.
A ideia soa bonita: um sistema blockchain para pagamentos sem dinheiro entre o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Códigos QR por aqui, interoperabilidade por ali... Mas realmente acham que podem desafiar décadas de hegemonia do dólar assim tão facilmente? Sinto que é mais uma promessa política do que uma solução real.
O tal Zaldívar fala de uma "competição de poderes". Que novidade! Há anos que vemos como esses países tentam libertar-se dos Estados Unidos, mas acabam sempre por voltar aos seus braços. O problema não é tecnológico - é geopolítico e de poder real.
Esta moeda "Unir" supostamente respaldada em ouro... Será mesmo? A China e a Rússia têm acumulado ouro há anos enquanto nos vendem a ideia de cooperação Sul-Sul, mas todos sabemos que procuram o seu próprio benefício. Pergunto-me quanto tempo levarão a lutar entre si pelo controle do sistema.
Para quem investe em criptomoedas, isso pode gerar oportunidades especulativas interessantes. Mas não nos enganemos: se algo vai mudar o sistema financeiro global, não virá de governos centralizados tentando recriar o mesmo modelo, mas com outros protagonistas.
O que realmente me preocupa é como isso afetará países como a Argentina ou o Brasil, sempre buscando salvadores externos. Em vez de desenvolver economias sólidas, corremos atrás de soluções mágicas como esta.
Um sistema mais justo? Talvez. Uma revolução financeira? Duvido muito. No final, apenas trocamos um senhor por vários. E enquanto isso, nós continuaremos a pagar o preço dos seus experimentos económicos.
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A nova moeda dos BRICS: a minha visão crítica sobre o desafio ao dólar
Que surpresa! Os países BRICS estão a montar o seu numerito financeiro com o BRICS Pay e uma moeda digital. Parece-me uma tentativa desesperada de se sacudirem do jugo do dólar americano. Como latino-americano, entendo perfeitamente esse anseio, mas tenho as minhas dúvidas sobre se realmente funcionará.
A ideia soa bonita: um sistema blockchain para pagamentos sem dinheiro entre o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Códigos QR por aqui, interoperabilidade por ali... Mas realmente acham que podem desafiar décadas de hegemonia do dólar assim tão facilmente? Sinto que é mais uma promessa política do que uma solução real.
O tal Zaldívar fala de uma "competição de poderes". Que novidade! Há anos que vemos como esses países tentam libertar-se dos Estados Unidos, mas acabam sempre por voltar aos seus braços. O problema não é tecnológico - é geopolítico e de poder real.
Esta moeda "Unir" supostamente respaldada em ouro... Será mesmo? A China e a Rússia têm acumulado ouro há anos enquanto nos vendem a ideia de cooperação Sul-Sul, mas todos sabemos que procuram o seu próprio benefício. Pergunto-me quanto tempo levarão a lutar entre si pelo controle do sistema.
Para quem investe em criptomoedas, isso pode gerar oportunidades especulativas interessantes. Mas não nos enganemos: se algo vai mudar o sistema financeiro global, não virá de governos centralizados tentando recriar o mesmo modelo, mas com outros protagonistas.
O que realmente me preocupa é como isso afetará países como a Argentina ou o Brasil, sempre buscando salvadores externos. Em vez de desenvolver economias sólidas, corremos atrás de soluções mágicas como esta.
Um sistema mais justo? Talvez. Uma revolução financeira? Duvido muito. No final, apenas trocamos um senhor por vários. E enquanto isso, nós continuaremos a pagar o preço dos seus experimentos económicos.